Além da inseminção artificial ser um procedimento menos invasivo para a mulher é o mais acessível financeiramente falando. Enquanto uma fertilização custa em torno de R$12 ou 15 mil, a inseminação ficaria em torno de R$4 a 5 mil já contando com a medicação.
Na inseminação artificial, o procedimento é bem parecido com a fertilização in vitro. O diferencial deste procedimento é a indução ovariana da mulher e também a lavagem do sêmen do homem. O processo começa na consulta com o especialista em fertilidade. Em princíipio, ele pode aconselhar a inseminação pelo baixo custo e histórico de saúde do casal.
Se preparar para a inseminação é fundamental! O homem deve manter abstinência de ter relações sexuais por pelo menos uma semana e a mulher tomar medicamentos prescritos pelo médico para ajudar a engrossar o endométrio que receberá o embrião. Deixar vacinas e todos os exames de sangue em dia é um cuidado necessário. Também é aconselhável que ambos façam uso de ácido fólico ou comam alimentos ricos nele uma vez que reforça a saúde dos gametas.
O médico receita medicamentos injetáveis para a estimulação dos óvulos. Essa injeção é aplicada na barriga e pode variar de 5 a 10 dias. Após a aplicação, uma bateria de ultrassons em série é iniciada e assim que os óvulos estiverem maduros e em um tamanho ideal para fecundação, o homem deve colher o espermatozoide manualmente.
No laboratório, o material é lavado e selecionado o melhor para inserção intra-vaginal na mulher. Antes deste momento, esta mulher terá tomado outra medicação a qual fará com que os óvulos saiam do folículo para fecundação e gerar um zigoto nas trompas. A transferência do material masculino é feito em um consultório especializado.
Uma pipeta plástica contém o sêmen e é introduzido através do colo do útero mais próximo possível às trompas. Se ocorreu tudo como planejado, após 15 dias do procedimento, o beta HCG já dará um resultado favorável. Caso não deu certo, o casal pode optar em repetir o procedimento ou partir para a fertilização.
Como a inseminação artificial não é a implantação já do embrião, as chances são quase as mesmas de uma gravidez natural, pois o espermatozoide pode ou não fecundar os óvulos. Essa técnica facilita bastante a gravidez, mas ainda assim alguns casais não conseguem na primeira tentativa. Aliás, a taxa de sucesso é de 20% em mulheres abaixo de 35 anos.
A inseminação artificial se torna necessária nos casos em que o muco vaginal mata os espermatozoides e em que a motilidade do esperma é baixa. Também é indicada para mulheres que possuam algum problema como anatomia do útero. Essa diferença faria com que a gravidez não aconteça de forma natural.
Caso o casal tenha dificuldades com o sêmen do homem, pode-se receber de um doador anônimo. Essa técnica é usada para homens com oligospermia crônica ou casais onde o homem foi vasectomizado. Porém, vale conversar com o médico especialista sobre os prós e contras e francamente entre o casal para que tudo seja feita da forma mais natural possível.
Fotos: Jacek.NL, Donna