Para muitos, o nosso corpo é algo completamente desconhecido, algo misterioso e curioso ao mesmo tempo. É possível dizer que a maioria de nós não compreende exatamente cada função do nosso organismo e nem por que certos acidentes ocorrem. E isso pode ser muito perigoso em alguns casos. Quando alguém tem um AVC, por exemplo, é bastante comum vermos pessoas se perguntando por que isso aconteceu e por que essa pessoa teve um acidente desse tipo. A verdade é que você não precisa ser um especialista para compreender o risco de certas doenças ou para cuidar do seu corpo melhor. Hoje vamos falar sobre o que é o AVC como evitar acidentes desse tipo.
O que é AVC?
Sigla para acidente vascular cerebral, o AVC (também conhecido como derrame cerebral) é uma das doenças mais mortíferas que conhecemos, sendo a segunda que mais mata no mundo e tendo um índice relativamente baixo de recuperação total, ou seja, a possibilidade de sequelas é muito alta. Ele ocorre quando um vaso sanguíneo do cérebro se rompe ou quando há interrupção ou uma redução drástica de irrigação sanguínea para o cérebro. Quando isso ocorre, os nutrientes necessários para que o cérebro funcione não são levados para lá, fazendo com que diversas complicações sérias ocorram.
Tipos de AVC
Existem dois tipos de acidente vascular cerebral. A diferença entre eles se dá basicamente na forma como a doença ocorre. Isso pode afetar a gravidade da doença, ainda que os dois tipos ofereçam perigos reais para a vida. Eles são:
- AVC Isquêmico
- AVC Hemorrágico
Falaremos mais profundamente sobre as principais diferenças entre os dois e como isso pode afetar o paciente.
AVC Isquêmico
Ocorre quando diversas células cerebrais morrem devido a uma obstrução de alguma artéria. Essa falta de circulação de sangue na região é chamada de isquemia. Esse tipo de AVC ocorre normalmente por conta de um coágulo que se forma na artéria ou que se desloca pela corrente sanguínea até chegar no cérebro.
AVC Hemorrágico
Acontece quando há o rompimento de um vaso sanguíneo do cérebro, fazendo com que sangue seja vazado para o interior desse órgão. Tal vazamento pode ocorrer apenas na superfície ou adentrar, fazendo com que o quadro clínico fique ainda mais complicado. Apesar de ser mais raro do que o AVC isquêmico, o AVC hemorrágico é mais letal, ou seja, os casos de morte relacionados a ele são maiores.
Quais os Sintomas de um AVC?
Um acidente vascular cerebral possui sintomas bastante evidentes e acontece de forma relativamente lenta. Saber exatamente como esses sintomas ocorre ajuda para que a pessoa que está os tendo seja levada imediatamente para o hospital, evitando assim as piores consequências que um AVC pode trazer. Alguns dos principais sintomas da doença são:
- Perda de visão
- Alterações repentinas na coordenação motora
- Dificuldade para falar
- Paralisia de um lado do corpo
- Fraqueza e dificuldade para se movimentar
- Perda da sensibilidade de um lado do corpo
- Dificuldade em mover o rosto
- Sensação de formigamento no rosto ou nos membros
- Tontura
- Dificuldade em engolir
Causas do AVC
Apesar de existirem dois tipos de acidentes vasculares cerebrais, eles estão ligados diretamente à hábitos de vida não saudáveis na maioria das vezes. É de suma importância saber o que leva uma pessoa a desenvolver esse tipo de doença para entender exatamente como preveni-la. Algumas das causas mais comuns são:
- Hipertensão Arterial
- Infarto agudo do miocárdio
- Arritmia cardíaca
- Uso excessivo de álcool
- Uso excessivo de tabaco
- Sedentarismo
- Trombos na corrente sanguínea
- Diabetes tipo 2
Outras causas para ocorrências de AVC são: uso de drogas, consumo excessivo de alimentos gordurosos, obesidade, idade avançada e histórico familiar.
Tratamento do AVC
O tratamento do AVC normalmente é feito numa emergência, já que, quando esse tipo de doença ocorre, é de uma forma muito rápida e praticamente impossível de ser evitada. A primeira coisa a ser feita quando uma equipe resgata um paciente com esse tipo de acidente é checar os sinais vitais e o tempo em que ela ficou sem atendimento desde o início dos sintomas. Depois disso são feitos alguns exames como tomografia, ressonância magnética e ecocardiograma para verificar o funcionamento do corpo como um todo.
Uma equipe médica pode desobstruir as artérias interrompidas através de medicação, ainda que isso só seja possível em casos específicos em que os sintomas do AVC apareceram nas últimas 4 horas apenas. Se o caso não se encaixar nessas especificidades, a equipe terá que lidar com os problemas de forma manual, o que é sempre mais perigoso, mas que pode desobstruir as artérias do paciente.
Caso o AVC tenha ocorrido e não haja evidência de trombo nas artérias, o tratamento é feito diretamente para lidar com as consequências, evitar possíveis sequelas ruins, além de também prevenir outros tipos de danos.
Possíveis Consequências
Como já dissemos anteriormente, o AVC é uma das doenças mais letais do mundo, além de também poder deixar muitas sequelas em quem a teve. Como algumas das principais consequências podemos citar:
- Negligência – Quando uma pessoa não consegue controlar uma parte (ou algumas partes) de seu corpo. Existe tratamento, mas é delicado e difícil de ser feito.
- Déficit de Memória – Perda da capacidade da pessoa de lembrar de eventos recentes.
- Afasia – Dificuldade do paciente de se expressar seja através da fala ou através de gestos.
- Déficit Motor – A dificuldade ou impossibilidade de mover alguma parte do corpo. É algo que acontece com certa frequência em decorrência do AVC e exige um longo tratamento de fisioterapia.
- Alterações no rosto – A pessoa pode ficar com a face bastante diferente, tendo um olho caído, um lado da boca também caído (dando a impressão de boca torta), além de também ter problemas de visão e audição.
Os tratamentos para as diversas sequelas que o AVC traz podem variar de fisioterapias, estimulações cognitivas e até mesmo tratamentos psicológicos, já que o paciente também poder ficar deprimido por conta das grandes mudanças que ocorrem.
O acidente vascular cerebral, como você deve ter percebido, é algo bastante perigoso e que chega sem que percebamos muitas vezes. Exatamente por isso é necessário nos esforçarmos para obtermos o maior número de informações possível sobre como nos cuidarmos, antes que tenhamos que direcionar todos esses esforços para lidar com as sequelas de um AVC, por exemplo. A prevenção é sempre a parte mais importante, já que, no fundo, ela significa cuidar da própria saúde. Previna-se não apenas contra o AVC, mas também contra todos os tipos de males que você pode evitar tomando atitudes mais saudáveis e tendo uma atenção especial com seu corpo.
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Foto: geralt