São diversas as doenças que atingem especificamente as mulheres. Por essa razão, elas precisam estar muito mais atentas aos problemas de saúde o tempo todo. O motivo de existirem essas doenças específicas está muitas vezes ligado ao sistema reprodutivo e os órgãos que o compõe.
O útero é um ótimo exemplo disso, pois ele é atingido por diversas doenças como a endometriose, o câncer do colo de útero, a cervicite e a hiperplasia endometrial também. Sobre essa última, é uma das doenças mais complexas e que, consequentemente, gera mais dúvidas nas mulheres.
E é exatamente por isso que vamos falar aqui sobre suas principais causas, sintomas e tratamentos. Mas antes de mais nada, é necessário entendermos o que é a hiperplasia endometrial afinal.
O que é a Hiperplasia Endometrial?
A hiperplasia endometrial nada mais é do que o aumento do tecido que reveste o útero de uma mulher, o endométrio. Muitas vezes essa doença aparece quando a mulher está fazendo algum tipo de tratamento hormonal, já que as causas da doença estão diretamente ligadas ao excesso de estrogênio.
Por essa razão é importante que, durante esse tipo de tratamento, ficar atenta aos sintomas e também realizar exames para saber se não há nenhum problema do tipo.
Tipos de Hiperplasia Endometrial
Existem 4 principais tipos de hiperplasia endometrial. Eles são:
- Hiperplasia Simples do Endométrio
- Hiperplasia Cística do Endométrio
- Hiperplasia Focal do Endométrio
- Hiperplasia Atípica do Endométrio
Vamos falar sobre cada um deles especificamente para que você entenda melhor como eles agem no corpo de uma mulher.
Hiperplasia Simples do Endométrio
É o tipo mais comum e mais simples de se tratar. Nesse caso o espessamento do tecido acontece de maneira menos grave, tornando possível o tratamento apenas com remédios e acompanhamento médico. Tal acompanhamento deve ser feito entre 6 meses e um ano para que a doença seja totalmente curada.
Hiperplasia Cística do Endométrio
Em casos graves, esse tipo de hiperplasia pode estar relacionado ao câncer de endométrio. Ele reveste a parede do útero de forma que a deixa com um aspecto de “queijo suíço”, com alguns buracos não preenchidos.
O tratamento também pode ser feito com medicamentos e é necessário um acompanhamento médico por até um ano para que a doença esteja totalmente curada.
Hiperplasia Focal do Endométrio
É um tipo de hiperplasia que tem como principal característica o estreitamento do útero. Isso ocorre porque o tecido endometrial cresce de uma forma localizada, se estendendo através de uma camada.
Hiperplasia Atípica do Endométrio
É o tipo mais grave de hiperplasia endometrial. Ocorre quando o crescimento do tecido endometrial está fora de controle e muitas vezes pode estar associado ao câncer de endométrio. Dependendo do estágio em que a doença se encontra, a retirada do útero pode ser necessária.
É necessário destacar que, apesar da hiperplasia endometrial se tratar do crescimento de um tecido no corpo de uma mulher, não significa que esteja ligado a algum tipo de câncer. A hiperplasia é uma condição benigna, já que se trata apenas de uma resposta do corpo a um estímulo hormonal, embora exista a possibilidade dessas duas doenças estarem interligadas.
Quais são as Causas da Hiperplasia Endometrial?
Como já dissemos anteriormente, a principal causa da doença está ligada a exposição excessiva de estrogênio. Isso pode acontecer em alguns casos, como:
- Tratamentos com Medicamentos à base de Hormônios
- Histórico de Tumor no Ovário
- Ciclo Menstrual Desregulado
- Terapias de Reposição Hormonal
É necessário frisar que, a doença está ocorrendo porque o corpo entende que precisa repor aquele tecido por alguma razão. É uma resposta natural e que pode ser equilibrada, principalmente se for detectada em seu início. Por isso, pessoas que se encaixam em algum desses casos precisam visitar um médico e realizar exames constantes para evitar qualquer problema mais grave.
Principais Sintomas da Hiperplasia Endometrial
Podemos afirmar que os principais sintomas da hiperplasia endometrial são:
- Sangramento Uterino
- Fortes cólicas e dores abdominais
- Aumento do tamanho do útero
- Estreitamento do útero
Apesar de nem todos os sintomas serem facilmente detectáveis, deve-se prestar atenção especialmente nos dois primeiros, já que são um forte indicativo da doença.
Diagnóstico da Hiperplasia Endometrial
O diagnóstico da doença é feito principalmente através de exames de imagem como o ultrassom transvaginal, já que os exames ginecológicos comuns não são capazes de detectar a hiperplasia endometrial.
Com o diagnóstico em mãos, o médico pode verificar qual é o tipo de hiperplasia e qual se nível de gravidade, para então poder receitar o tratamento adequado para cada caso.
Tratamento da Hiperplasia Endometrial
O tratamento da doença varia de acordo com o tipo de hiperplasia endometrial que a mulher possui, além de outros fatores como idade e a vontade da mulher de engravidar. Baseado nessas informações e no diagnóstico, um médico pode receitar medicamentos que podem ser orais, intramusculares ou até mesmo intrauterinos.
O tratamento pode durar de 6 meses a um ano, dependendo da gravidade da doença. Após terminado, um médico faz uma biópsia para verificar se obteve bons resultados ou não.
Ainda é necessário que seja feito um acompanhamento semestral ou anual para verificar se a doença não voltou e se está tudo bem com o útero da mulher. Esse acompanhamento é necessário para que o quadro clínico de uma mulher não piore bruscamente e para evitar que outras doenças se desenvolvam.
Possíveis Complicações
As duas principais complicações da doença são as chances aumentadas de câncer do endométrio e do colo de útero, além de também possíveis problemas para engravidar. Por essa razão é ideal que o acompanhamento pós tratamento seja feito corretamente.
Se uma mulher desejar engravidar depois de ter passado por um caso de hiperplasia endometrial, é necessário um acompanhamento médico mais rigoroso. Isso não significa que uma mulher que teve a doença necessariamente terá problemas para engravidar. Na verdade, é esperado que esses problemas não apareçam, porém, por conta do histórico médico, é importante que haja a prevenção.
Lidar com certas doenças pode ser desgastante e até mesmo complicar a vida de uma mulher. Porém, uma vez que essas doenças existem, é necessário saber exatamente como elas se desenvolvem e quais são as melhores formas de trata-las.
Não se esqueça de sempre ter um médico de confiança por perto com quem você possa conversar e tirar todas as suas dúvidas. Ler e pesquisar é muito importante, mas ninguém melhor que o seu médico para tirar dúvidas específicas e te acalmar em relação a diversos aspectos de doenças de mulheres.
Por isso tenha sempre em mente que a luta contra a doença não acontece sozinha, mas em conjunto com pessoas de confiança e que te ajudam a passar por essa fase.
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Foto: episy2