Não é um assunto muito agradável de pensar e muito menos de se preocupar, mas é necessário conhecermos sobre todos os riscos e cuidados que podemos ter. Quando falamos nos riscos que o bebê corre ainda durante a gravidez, esse quadro pode se complicar um pouco mais, porque nem sempre a prevenção está em nosso alcance, como é o caso da asfixia neonatal.

A asfixia neonatal é uma das principais causas de óbito de bebês logo após o parto e que pode também deixar graves sequelas em quem sobrevive a ela. Mas para entendermos exatamente sobre o que se trata, é necessário entendermos alguns outros termos para nos situarmos dentro desse assunto que é tão complexo.

O Que é Asfixia Perinatal?

Primeiramente, devemos entender que o período chamado de perinatal corresponde ao período entre as 22 semanas de gestação de um bebê até os seus 7 dias de vida. A asfixia perinatal ocorre normalmente por conta de algum problema no fornecimento nutricional da mãe para o bebê nesse período de gestação, o que pode causar esse problema e fazer com que o parto seja um pouco mais delicado também.

O período neonatal corresponde aos primeiros 28 dias de vida de uma criança. É o período em que elas estão mais frágeis e, por isso, 80% das mortes de bebês no primeiro ano ocorre dentro desse período. A asfixia neonatal é também uma consequência dos problemas já citamos e é um grande mótivo de preocupação tanto para os pais quanto para médicos.

Como a Asfixia Neonatal Ocorre?

Quando há um problema de fornecimento nutricional entre a mãe e o bebê, os principais órgãos afetados são os pulmões e o coração, mas principalmente os pulmões. O aumento da frequência respiratório e a elevação da pressão cardíaca são as principais características do início da asfixia perinatal.

Se o problema continuar ocorrendo os próximos sintomas são as paradas respiratórias acompanhadas, dessa vez, da queda da frequência cardíaca. Essa irregularidade na respiração é o que faz com que a asfixia neonatal seja tão perigosa, já que o que ocorrer no momento do parto será determinante para a condição do bebê em seus primeiros dias de vida.

Causas da Asfixia Neonatal

Podemos dizer que as causas da asfixia neonatal podem ocorrer tanto a partir da mãe quanto do bebê por conta de problemas ocorridos ainda na gestação como hipertensão da mulher, diabetes, convulsões, infecções durante o parto, malformações, entre outras coisas.

Além disso, problemas durante o parto também podem fazer com que ocorra a asfixia neonatal, como uma ruptura de cordão, por exemplo. Quando falamos especificamente em asfixia em bebês no período neonatal, algumas das principais causas são:

  • Anemia;
  • Hemorragias;
  • Imaturidade Pulmonar;
  • Distúrbios Metabólicos.

Como Lidar Com o Problema Após Acontecer?

Como já citamos anteriormente, a asfixia neonatal é uma das principais causas de óbito de bebês dentro desse período, o que pode deixar muitas famílias traumatizadas e com medo de tentar ter outro filho novamente.

Devemos considerar que apesar disso, nem sempre o óbito ocorre e muitas vezes o bebê pode sair sem sequelas muito graves, mas, se isso ocorrer, o mais recomendado é que a mãe e o pai passem por um tratamento psicológico para ajudar a superar o trauma e repensar a vida a partir disso.

Apesar de ser um acontecimento chocante para a vida de uma pessoa, não podemos simplesmente desistir, ainda que haja um período de luto e superação do ocorrido. Também devemos respeitar a dor de quem está passando por esse tipo de problema, sem ficar dando opiniões ou exemplos, apenas ouvindo e deixando que o tempo passe para que isso possa ser superado.

Problemas como a asfixia neonatal infelizmente fazem parte da nossa realidade, ainda que muitos de nós nem imaginemos que pode acontecer conosco. E como sabemos que existem maneiras de evitar que esse tipo de problema aconteça, é necessário sempre ter um acompanhamento médico muito bem feito, ainda mais os fatores que contribuem para que esse problema aconteça façam parte da sua realidade.

É o tipo de coisa na vida que precisamos aprender a lidar, ainda que muitas vezes seja uma realidade dura e difícil. A verdade é que precisamos sempre pensar que existem maneiras de prevenir e muitas vezes de tratar as sequelas que esse tipo de problema pode deixar e assim tentarmos viver da melhor forma possível.

Veja Também: Ferritina na Gravidez – Sintomas e Tratamentos
Foto: Kmanzela